Novo índice de aluguel vai ajudar a desempatar a locação residencial?
O futebol é um esporte que se popularizou não só por ser intenso de emoções, mas, igualmente, por ser um jogo com regras sujeitas a polêmicas ou interpretações variadas. Para resolver isso, a FIFA criou o VAR, um vídeo assistente do juiz em campo. Mesmo com essa nova tecnologia, as polêmicas, muito embora tenham diminuído, não foram eliminadas.
Trazendo para a realidade do mercado de locações de imóveis, a FGV – Fundação Getúlio Vargas, instituição responsável há décadas por divulgar índices de referência de preços em geral e fórmula de reajuste de contratos, inclusive de aluguel, anunciou a criação de um índice exclusivo para aluguéis residenciais: o IVAR.
O IVAR – ÍNDICE DE VARIAÇÃO DE ALUGUÉIS RESIDENCIAIS, vem para auxiliar a regular o mercado e será divulgado pela FGV periodicamente junto com outros índices.
O retorno do vigor inflacionário pressionou os reajustes dos contratos de locação residenciais, não-residenciais e comerciais. Aqueles que tinham índices de reajuste anual vinculados ao IGP-M sofreram reajustes muito elevados nos últimos meses, trazendo insegurança e um desequilíbrio exagerado nos preços dos aluguéis, impactando fortemente o mercado imobiliário.
A solução foi, mais uma vez, retornarem locadores e locatários à mesa de negociações. Se no início da pandemia as negociações visavam adequar os valores em decorrência da queda de renda e faturamento, agora o foco foi o reequilíbrio dos contratos através de outro índice mais de acordo com a capacidade de pagamento dos locatários. Esses esforços de conciliação e acordo em busca de um índice alternativo ao estabelecido no contrato tinham por objetivo evitar o esvaziamento dos imóveis ou mesmo o inadimplemento do aluguel pelos locatários.
Sensível a essa realidade e entendendo que o mercado de locações é peculiar e sofre influências específicas, a FGV decidiu criar um índice que levasse em consideração estas particularidades. A instituição desenvolveu uma metodologia de cálculo tendo na sua formação, dentre outros elementos, a coleta do maior número de amostras de valores de aluguéis RESIDENCIAIS, alimentada por agentes do mercado no país todo (imobiliárias, administradoras, proprietários etc.). Desta forma, a FGV, com sua expertise, criou um índice que representa a real flutuação do mercado de locação, com preços coletados quase que instantaneamente para medir a variação de maior ou menor oferta de contratos fechados e a que preço.
O IVAR já começou a ser divulgado: em novembro apresentou alta de 0,79% e em dezembro subiu 0,66%, sinalizando que, apesar da retração anual, os preços dos aluguéis estão em trajetória de recuperação dos valores.
O IVAR em dezembro apontou que em São Paulo e no Rio de Janeiro, cidades com maior peso na composição do índice, houve desaceleração [1].
Na taxa acumulada de 2021, as cidades que compõem o IVAR tiveram as seguintes variações:
São Paulo: -1,83%
Porto Alegre: -0,35%
Rio de Janeiro: +0,46%.
Belo Horizonte: +1,46%.[2]
A RIOHOST acompanha o mercado imobiliário profissionalmente há décadas e está sempre atenta a tudo relacionado ao mercado de locação, seja ele por temporada, assinatura, ou longo prazo, de unidades residenciais ou comerciais, prestando a melhor assessoria na área.
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Para saber mais sobre o IVAR, visite este link da FGV: https://portalibre.fgv.br/revista-conjuntura-economica/carta-da-conjuntura/ivar-novo-indice-de-precos-de-aluguel-do-fgv-ibre) .
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[1] Em São Paulo o índice passou de 0,78% em novembro para 0,48% em dezembro e no Rio de Janeiro de 1,46% para 1,03% - https://exame.com/mercado-imobiliario/fgv-tem-novo-indice-de-aluguel-nas-capitais-precos-caem-061-em-2021/ [2] https://exame.com/mercado-imobiliario/fgv-tem-novo-indice-de-aluguel-nas-capitais-precos-caem-061-em-2021/